segunda-feira, 24 de maio de 2010

O Poeta está "Presente" Viva o Poeta, meu amigo!

Amigos e amigas,



Hoje peço desculpas, mas preciso compartilhar com vocês a dor da perda de um grande e antigo amigo que faleceu sábado dia 23. Trata-se do meu amigo e companheiro de trabalho, no BRB por vários anos e recentemente na Câmara dos Deputados, onde trabalhava da Diretoria Legislativa.

Poeta era daquelas figuras com as quais se podia contar, não para explorar a amizade, mas para realmente dividir expectativas, sentimentos, sonhos e crenças. Solidário, o conheci nos primeiros dias de trabalho no BRB, na agência do Conjunto Nacional, em 1979. Em 1986 fui eleito para a diretoria do Sindicato dos Bancários e Poeta seguiu no Banco passando por outras agências até se estabelecer no Departamento de Marketing d Banco, aonde permaneceu até sua saída mais tarde para um órgão público e depois para a Câmara.

Adalberto Pereira Passos, era seu nome, mas os amigos todos o conheciam como poeta, devido o seu apego à música, seu gosto pela literatura e também pela boa e grande política. Casado com Romilda, pai de dois filhos, e natural de Cotegipe, na Bahia, de onde parece que nunca gostou de ter saído. Talvez, por isso, sua família o tenha levado de volta para a morada eterna. Ele estava vitimado por um câncer no estômago já há cerca de quase dois anos. Todavia, quando o visitei pela última vez, há uns sete dias em sua casa, deixou-me, ao menos a impressão de resistência à doença, momento em que deliciamos uma cachaça de sua terra, falamos de política, de músicas; ele, embora não fosse um grande músico, tinha um apego grande ao violão, e tem uma música, cujo autor deve ser um baiano, (Matusalém, se não me engano), que só tinha graça cantada por Poeta.

Realmente, ainda estou atordoado, pois, como dizia uma velha tia-avó, minha saudosa tia Maria Liazaro, "diacho, há tanta gente ruim pra morrer e Deus acha de levar os bons e que estão perto da gente". Tia Maria dizia sempre coisas assim, quando perdíamos entes queridos, e lembro que ouvi dela uma frase parecida no dia em que perdi minha mãe, ainda muito jovemzinho, lá no nosso querido e sofrido Ceará. E agora recordando, fico a querer dar razão à minha tia Maria: Que o Deus todo Poderoso me perdoe, mas meu caro e bom amigo poeta bem que podia ainda ter ficado mais uns dias com a gente, pra contarmos uns causos, pra ficar lá em casa "tomando umas" e cantando com a gente, e só ir embora quando dona Romilda, sua esposa, viesse buscá-lo. Poeta vai fazer falta à sua família, com certeza, mas a mim, em especial, porque era um daqueles bons amigos com quem me refugiava da hipocrisia e das coisas pequenas da humanidade.

Viva o Poeta, Viva um grande e bom amigo!



Um comentário:

Wellington A Nogueira - ex BRB SIA disse...

Chicão, realmente imagino o que dever ser a sua dor neste momento, pois, mesmo não tendo convivido tão intimamente com o nosso "Poeta" como você, ainda me lembro vivamente da época em que trabalhava no Edifício Brasília e batíamos altos papos sobre matérias do jornalzinho do banco e outras coisas. Um grande parceiro que, inexplicavelmente mesmo, Deus levou. Talvez precisasse de alguém especial por lá para um bom papo também. Embora, sendo Deus, acredito que Ele poderia contar com outros parceiros e nos deixar o "Poeta" mais um pouco ao nosso lado. Seja feita a Sua vontade, aqui na Terra como no Céu. Mas que o Poeta vai deixar saudades, ah vai. Viva o Poeta!!!