terça-feira, 6 de abril de 2010

Mais lenha na fogueira da intervenção



É amigos, tal como dissemos semana passada, não está fácil a batalha daqueles que como eu – que apesar de toda a sorte de bandalheiras políticas cometidas – ainda defendem a não intervenção federal em Brasília. Os dados divulgados ontem pela Controladoria Geral da União, dando conta de indícios(?) fortíssimos de desvio de dinheiro público nas relações do governo, particularmente nas áreas de obras e da Secretaria de Saúde, com empresas privadas aquecem ainda mais o grito dos defensores da tese intervencionista.

Apenas na área da saúde, Relatório divulgado hoje no blog da Paola, “Resumo Informativo sobre o Relatório de Auditoria nos Recursos Federais Transferidos ao Distrito Federal no Período de 2006/2009”, chama a atenção para o volume de recursos mantidos em aplicação bancária, que embora não seja ilegal, a referida prática conforme verificada de modo crescente até o saldo de R$ 320.649.907,30, o que oferece um índice de execução orçamentária de apenas 53% do previsto, é algo considerado bastante grave para uma pasta que têm os problemas crônicos e conhecidos como é a da saúde pública do DF.

O Relatório demonstra também outros números que chocam, como o prejuízo apurado entre o pagamento efetuado pelo governo por produtos/ hospitalares e remédios e o chamado PMVG – Preço Máximo de Venda ao Governo, cuja soma é de R$ 6.347.247,35, apenas no período de 2007/2009.

Já segundo a auditoria realizada pela CGU, os valores desviados poderão chegar a mais de R$ 300 milhões de reais em desvios, apenas no período auditado, que envolve empresa como a Linknet e outras citadas no escândalo do mensalão local.



Enquanto isso...



Enquanto vão surgindo números da roubalheira e do desvio de verba pública para os amigos do rei, a cidade que se preparava para uma grandiosa festa de aniversário, buscando estabelecer regras de respeito à legalidade e à cidadania, parece querer voltar aos tempos em que toda esse vale tudo começou, a era rorizista, com retorno de Vans ilegais, retomada de invasões, construções que afrontam o bom senso e qualquer perspectiva de respeito às leis, como é o caso de alguns arranha céus que estão erguendo no Guará, e sem que se saiba como e quem autorizou tal balbúrdia. As projeções em questão, destoam de tudo já visto, com prédios que, com certeza, já passam de 22 pavimentos, numa área que não poderia passar de 8 ou 10 pavimentos.

E quem será que está ganhando com tal situação? Perguntinha besta pra se responder, não é mesmo? Nomes não posso e não vou declinar, todavia, precisa não, não é mesmo? O que não falta é construtora envolvida com parlamentares e ambos envolvidos em falcatruas... A população precisa reagir e já, principalmente e neste momento os moradores do Guará...

2 comentários:

Anônimo disse...

Sem contar que todas as construções invadiram as calçadas e os estacionamentos, e a Administração do Guará está fazendo vista grossa. Pior que a população do Guará, também.

Sérgio Tavares - 8538-3032

Romeu disse...

É uma vergonha o abuso desssas construções no Guará. E quem é o administrador, Chico?