quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Estamos de volta”, upa!



Olá amigos e amigas,


Conforme nossa mensagem de ontem (24-02), via email, finalmente podemos retomar nossa convivência e interação em busca, vamos dizer, de mais inclusão cívico/política e de um sadio exercício da cidadania.

Nestes primeiros dias de retorno do blog, no entanto, informo que o acesso não poderá ser feito como antes, digitando apenas blogdochico.com. É que tivemos que realizar uma transferência de domínio, algo básico da tecnologia, ainda inconcluso, e por isso, peço que momentaneamente, digitem: blogdochicoandrade.blogspot.com. A página que vai aparecer será a mesma de antes, até que o processo seja finalizado com a empresa detentora do domínio e então possamos divulgar o endereço definitivo de nossa página de comunicação.

Mas, quero daqui, expressar minha satisfação e expectativa de boas trocas de energia e idéias para os dias que virão, momento em que retribuo as diversas mensagens de apoio, carinho e solidariedade.

E é assim mesmo que imagino um reencontro das pessoas comuns com o mundo da política e do civismo, na sóbria perspectiva de que, se cada um de nós fizer a sua parte de responsabilidade social, o espaço de decisões coletivas e institucionais será imensamente beneficiado em pleno favor da cidadania. E com uma cidadania desenvolvida haveremos de reconstruir ou, talvez, edificar mesmo, uma outra imagem de nossa cidade que não a da vergonha que ora passamos.


 
Sobre a crise e a interinidade do governo



Passados agora já quase três meses do desastre político que se abateu não apenas sobre o as instituições do governo e do Legislativo local, mas principalmente na autoestima da maioria da população brasiliense, ainda não se vê no horizonte qual será o seu desfecho final, tamanha é a dimensão e tão embricado o alcance de sua repercussão, dado sobretudo, o envolvimento em cadeia de autoridades e outras personagens públicas.

Mas algumas luzes de conjectura, ao menos, já se podem enxergar, notadamente depois da prisão do governador, em face de mais uma vez abusar da sorte e do desrespeito às pessoas e às instituições. Uma, é que esse indesejável rebuliço pode, no limite, nos legar um saldo, ainda que muito doído, mas não menos importante, de oportunidade para o aprendizado que defendemos da política como educação; outra lição e igualmente luminosa, é a constatação de que a separação dos poderes ensinada por Montesquieu se adequadamente aplicada no sentido da proteção do estado democrático, pode também ainda ser mais útil, especialmente para se reparar e prevenir abusos políticos e se fazer respeitar o cargo e os recursos públicos.

Creio que alguns passos foram dados, e agora, com a pressa que “nossos amigos” da Câmara Legislativa estão – nada como uma ameaça iminente não é -, pois depois de admitirem o impeachment de Arruda e sinalizarem a sorte do seu vice, Paulo Otávio, já avançam para cassar os mandatos dos mensaleiros. Ô crise fantástica esta, gente!

Quanto ao futuro, ora, vamos indo de Wilson Lima, com todo o respeito que de nós merece, mas convenhamos, não por sua história humilde e digna, é uma temeridade, mesmo que de passagem, haja vista seu histórico político e seus vínculos estreitos com aqueles que patrocinaram esta crise e que fizeram de Brasília seu curral.

A despeito da divisão em que a cidade se encontra, sobre se deve ser feita ou não a intervenção, o importante neste momento é que os processos caminham. Cabe agora, observando-se a cadeia sucessória legal, gostemos ou não, encontrarem-se o mais breve possível uma saída mais duradoura para o governo e para busca da normalidade em nossa cidade. O que não podia e isso parece está se neutralizando, era o senhor Arruda ou seu Vice, também contaminado pelas denúncias, continuarem a querer governando a cidade como se nada de tão grave houvesse ocorrido.

Vamos ver para onde vamos agora, mas atentos e participando. Só não podemos cair no discurso ocasional e próprio dos desafetos da cidadania, de que “temos de fechar a Câmara”, ou de que “devemos repensar até a eleição de governador”. Não amigos e amigas, se lutamos por autonomia política no DF é por que apostávamos na nossa capacidade cívica e democrática de bom uso fazer dela. Ou será que vamos nos contentar de nos chamarem – nós eleitores de Brasília - de eleitores da escória e do escracho político. Os cidadãos de Brasília, tenho certeza, não podem se calar diante de tal afronta.

Então vamos reagir, protestando com todo o vigor de nossas forças, mas também nos associando contribuindo para a superação breve desse pesadelo. Quem não gosta de eleição de duas uma: ou ainda é de todo alienado ou detém um deeniazinho da ditadura. Essa crise pode fazer Brasília emergir do submundo político e do atraso para um cenário de despertar cívico...

Um comentário:

Renato Flu disse...

Que bom que você voltou Chico, estávos esperando... E quanto à intervenção?