Após dez dias do desencadeamento da maior crise política que Brasília já viu e, por certo, uma das piores e mais degradantes em nível nacional, as mobilizações de rua se intensificam em toda a cidade e devem se ampliar durante toda a semana, com as manifestações programadas para o dia 10, em frente ao Palácio do Buriti e a sugestão da OAB ou do movimento “Por Uma Brasília Limpa”, que sugere o uso de roupas brancas, no mesmo dia.
Enquanto a cidade divide-se entre a indignação e a perplexidade, ou pior, no sentimento de traição, o governador esconde-se com seus amigos a busca de “uma saída”, como se outra houvesse que não o seu desembarque do cargo para que se se encontre com urgência um meio mediado que seja, para instalando parâmetros de governabilidade, dar-se continuidade aos infinitos projetos (obras) em andamento, para se evitar ainda maiores prejuízos aos cofres públicos.
Já na Câmara Legislativa, a coisa vai de mal a pior. E parece que os “nossos” representantes estão achando é bom a manifestação em ocupação que está sendo feita pelos estudantes, pois fazem do legítimo protesto uma desculpa para não trabalharem e nem passarem pelo constrangimento de enfrentar os inúmeros pedidos de CPIs entregues à Secretaria da Casa.
E não tem outro jeito de nos livrarmos desse vergonhoso escândalo e de seus protagonistas que não a intensificação e a ampliação máxima das manifestações, dilatando o movimento para o conjunto das organizações sociais da cidade e também na periferia. A cidade, na verdade, já está praticamente parada, apesar dos arremedos e das tentativas de arranjos para fazer a máquina que foi completamente esfacelada funcionar. O afastamento do governo de partidos como o PSB, o PPS, o PSDB, entre outros é o sinal claro da debandada e da impossibilidade de uma solução com Arruda e seu Vice, Paulo Otávio no poder.
Não dá, a população de Brasília, que paga altos impostos, que luta para afirmar a sua cidadania não pode mais pagar o ônus da bandalheira continuada, seja dos políticos que se alojam aqui três dias por semana, como é o caso de muitos envolvidos em escândalos no Congresso Nacional, seja pelas permanentes e reincidentes questões de imoralidades públicas patrocinadas pelos políticos locais. Nossa situação, em função disso, está ficando tão desconfortável e degradante, que jornalistas e outras figuras de fora aproveitam para tripudiar em cima da cidade e dos brasilienses, como se fôssemos nós, os culpados por esse festival de bandalheiras e desrespeito com o dinheiro e o patrimônio público.
No meio de todo esse lamaçal, ainda temos de encontrar forças para salientar e defender nossa existência como cidadãos e cidadãs, algo que há muito é questionado e agora retornam com o discurso da desnecessidade de instituições como a Câmara Legislativa, por exemplo, ou mesmo de elegermos governador e deputados federais.
Vejam amigos, a extensão do mal que nos causam os trambiqueiros da política em Brasília e seus comparsas. Por isso, não há como ter complacência; não podemos tergiversar: Fora Arruda e todos os seus deputados comprados e mais quem quer que seja envolvido neste mar de sujeiras!
O principal papel de um parlamentar é fiscalizar os atos do Executivo, e isso a maioria dos distritais não cumpriu; pior que isso, se vendeu e traiu a confiança dos eleitores, colocando a cidade numa situação vexaminosa e de paralisia como se encontra.
È hora mais que nunca de educação política! Ou vamos todos nos tornar uma piada nacional!
Um comentário:
Prezado,
Isto acontece por não votação do Projeto FICHA LIMPA. Quem sabe com educação a gente possa ir mudando esta situação...
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