É isso mesmo, amigos. O nosso projeto de desmistificar a política, fazendo da sua prática um instrumento e objeto pedagógico de cidadania ganha asas e começa a voar. Na semana que iniciamos, estamos agendados para uma palestra na Faculdade Projeção do Guará II, e mais duas estão sendo programadas.
Quem bom! Mas é melhor ainda, na medida em que as pessoas, e, especialmente, aquelas que se ocupam da atividadade pedagógica, da educação regular nas instituições de ensino ou não, estão começando a entender o nosso propósito de, por meio dessa rede que começa a evoluir, esses operadores do saber, de fato, parece que querem despertar para compartilharmos esta experiência.
E vejam como fazer da política também um instrumento do saber e do discernimento não é tarefa das mais fáceis, sobretudo quando nos dispomos a "viajar" com essa ideia por caminhos que geralmente só foram percorridos em veículos de uso próprio, com objetivos claramente reconhecidos e tipificados historicamente, com o sentido da dominação, ou da manutenção do poder pelos detentores de sempre.
Por isso, pegar de verdade, a estrada com a idéia de fazer da educação política um meio definitivo de transpor todas as alienações, e de educar as pessoas com uma visão de também governar, em vez de como sempre foi, "o aprender da submissão" , ou a escola dos governados, no dizer da professora Maria da Glória Benevides, gera uma expectativa realmente animadora.
Claro que há tempos vimos avançando nesse sentido. É possível até, se quisermos referenciar historicamente esse caminhar brasileiro político/civilizatório na perspectiva da cidadania, já desde talvez o processo constituinte de 1945, dscontadas as nefastas e abrúptas interrupções do nosso processo democrático, cujo último demarcador foi, sem dúvida, a derrocada da ditadura militar e a promulgação da Constituição de 1988, considerar que temos daí um bom saldo de acúmulos a nos guiar.
Entretanto, e é neste ponto que nos atemos, fazer da política um mecanismo de pedagogia, e com ele alicerçar bem nossa caminhada rumo a uma plena libertação, requer entender e lutar concomitantemente, para dominuirem-se as enormes distâncias e os inaceitáveis níveis de desigualdades sociais e regionais em nosso país.
Por isso, nos alegramos e, diante dessa convicção, da crença que embora possa parecer ingênua, mas é real, de que mudando o jeito das pessoas se verem e se comportarem, especialmene no que se refere a participação ou não da vida do estado, de saber separar o privado do público, por exemplo, estarermos mudando, também, a seguir, a qualidade dos políticos e, em consequência, aperfeiçoando as instituições democráticas, para que elas, de fato, venham a servir ao conjunto de seus cidadãos, independente de cor, raça, etnia ou de suas opções sexuais, e não somente àqueles que fizeram da educação uma arma dos governates e para seu domínio.
Um comentário:
Também acredito muito nesta perspectiva, e imagino que a rede que você começa a formar com esse belo e oportuno projeto tem muito para crescer e dar bons resultados.
Parabéns Chico!
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