quinta-feira, 2 de julho de 2009

Vai pra casa Sarney, vai...

*Chico Andrade
É, tá difícil do senador e quase dono do maranhão José Sarney largar o osso, já qua a outra ponta desse osso é sustentada fiel e ferozmente por Lula e o PT.
E lendo os jornais de hoje, me vieram à lembrança os acontecimentos políticos fervilhantes da segunda metade dos anos 80, quando, no período da ressaca do pós fiscais-de-sarney, o PT vaticinava e sua militância intransigente bradava em todos os movimentos sociais: FORA SARNEY!
É, mais o que fazer, ou o que dizer do PT - e daquela sua militância - que também gritou Fora Collor, que já se considerou ser o mais ético dos Partidos mas quase sucumbiu diante do vendaval das denúncias do mensalão que protagonizou?
Eis porque, amigos a luta por plena cidadania, por educação política que desperte as consciências para o devir republicano reverter-se em uma necessidade básica para uma nova e mais promissora militância. Do contrário, vamos ficar na vanguarda sim, como diz Clovis Rossi, mas do atraso. Veja o artigo do colunista que publicamos abaixo:
O PT na vanguarda. Do atrasoClóvis RossiDEU NA FOLHA DE S. PAULOPARIS - Indecente. Pusilânime. Vergonhoso. Que mais se pode acrescentar a respeito do comportamento do PT no episódio José Sarney? Xingar a mãe, não posso. É proibido pela etiqueta desta página.Mas seria o correto.
Não vou nem lembrar o passado combativo do partido e de seu líder, Aloizio Mercadante, em episódios anteriores à chegada ao governo federal. Esse passado já foi sepultado faz tempo.
Ajuda-memória: pelo episódio do mensalão, o procurador-geral da República, nomeado pelo presidente de honra do PT, um certo Luiz Inácio Lula da Silva, acusou a cúpula petista de formar uma "quadrilha". O Supremo Tribunal Federal, com o voto de ministros também indicados por Lula, decidiu haver indícios suficientes para aceitar a acusação e proceder ao julgamento, aliás em curso.Fica claro que o passado de supostos campeões da moralidade pública está morto e bem enterrado.
Mas o presente podia ao menos guardar um mínimo de coragem, de vergonha na cara. Podia, por exemplo, defender Sarney pura e simplesmente, fosse qual fosse o argumento ou pretexto a utilizar: necessidade de não tumultuar o cenário político, falta de elementos concretos para afastar o presidente do Senado -enfim, qualquer dessas desculpas que os políticos se habituaram a usar para serem coniventes com trambiques. O que não cabia é deixar de apoiar Sarney mas apenas por 30 dias, que foi o prazo dado pelo partido para o afastamento do presidente do Senado. Tampouco cabia sugerir uma comissão para uma reforma administrativa da Casa, sem menção a punições pelas irregularidades já descobertas e já confessadas.Se algumas são legais, nem por isso deixam de ser todas vergonhosas, muito vergonhosas.
O PT fechou enfim um círculo: passa de suposta vanguarda das massas à cúmplice do atraso.

Um comentário:

Anônimo disse...

eu gostei das matérias!!!!
um abraço de caio!!