Sobre educação política e cidadania: Paulo Freire e Gramsci

Em minha procura por mais conteúdos de educação para a cidadania ou de como chamo, educação política, encontrei um excelente artigo assinado pelo professor e Doutor em Educação pela PUC-SP, Egydio dos Santos Neto, cujas premissas e idéias básicas passarei a compartilhar com os amigos e amigas a partir de agora.

O título do artigo publicado na Revista Múltiplas Leituras e disponibilizado na internet é: PAULO FREIRE E GRAMSCI: CONTRIBUIÇÕES PARA PENSAR EDUCAÇÃO, POLÍTICA E CIDADANIA NO CONTEXTO NEOLIBERAL. No texto no autor "recupera os momentos finais da década de 1980 e suas implicações para as abordagens pedagógicas progressistas no contexto brasileiro" Em seguida, reexamina conceitos de Gramsci (Antônio Gramsci, filósofo italiano do século passado) e do educador Paulo Freire, relativamente à educação e aos aspectos políticos e de formação cidadã, e conclui considerando a importância das contribuições destes autores nos tempos aos quais se refere, salientando a necessidade da resistência à ideologia dominante.

Na parte inicial o professor Santos Neto repercute criticamente e à luz do pensamento marxista, o papel e a prática dos professores, dos diretores, dos coordenadores pedagógicos, dos orientadores educacionais e dos supervisores de ensino no contexto das lutas pela democratização do país, sublinhando que, "desde 1964, vivia, sob o regime da ditadura militar, a ideologia do desenvolvimento que afirmava a elevação do Brasil à condição de país desenvolvido do capitalismo internacional".

Demarca seu texto, pela reflexão dos inusitados acontecimentos políticos mundiais de fins dos anos 1980, e suas consequências para o pensamento e o agir  de esquerda em todo o planeta, cujo marco referencial é o dia 09 de novembro de 1989, que "ficou conhecido como a data da queda do muro de Berlim"...

O artigo do professor Santos Neto, abstraindo-se os aspectos de vinculação à sua visão de mundo, próprios da visão do observador, reverte-se em boa oportunidade para pensarmos na importância de uma educação voltada para a autonomia e para a libertação.

Aguardem o próximo capítulo da repercussão do artigo...