terça-feira, 9 de junho de 2009

Terceirizadoras de mão de obra: novo tombo nos empregados

*Chico Andrade

O difícil é acreditar que tamanho desrespeito às leis, aos trabalhadores e aos Contratos firmados ocorra na Casa das Leis, sem que nenhuma atitude mais substantiva seja adotada.
Infelizmente, a prática do calote está virando algo corriqueiro, por parte das empresas(?) fornecedoras de mão-de-obra para os órgãos públicos no Distrito Federal. Aqui na Câmara é a Capital, que pelo que se sabe está entrando em fase de falência, mas o descaso se espalha Esplanada a fora, num espetáculo vergonhoso e covarde, em que justamente aqueles que ganham menos e cujas condições de trabalho e de vida requerem ao menos mais atenção do poder público, parecem definitivamente esquecidos, seja pelos governos, seja por parte daqueles que deveriam lhes representar.
É preciso acabar com este desrespeito. Tramitam a passos de tartaruga na Câmara, Projetos de Leis que objetivam regulamentar as atividades de serviços terceirizados sem que se encontrem os consensos necessários para por fim a tal desapreço. Mas por que essa matéria não avança, haja vista que não se acredita que os órgãos estatais voltem a fazer concurso para tudo, algo que na nossa opinião não seria impossível?
É verdade que não são apenas as copeiras, os garçons, os trabalhadores de serviços de limpeza e higiene, de portaria, mas também os da área de Tecnologia da Informação ou do apoio tecnológico, entre outros, encontram-se neste deplorável estado de abandono.
Imaginem se no dia previsto para o crédito de seus proventos os funcionários da Câmara, dos Ministérios ou de uma grande empresa estatal se deparassem com suas contas vazias? Ou será que trabalhadores de empresas cujos trabalhadores acumularam um saldo de organização sindical razoável permitiriam pacificamente tamanha afronta às suas condições de trabalho?
Mas fica no ar uma outra pergunta: será que esse enorme contingente de trabalhadores e trabalhadoras, que geralmente moram nos lugares mais distantes, recebem bem menos pelo vale alimentação e, quase sempre sofrem atrasos no recebimento do vale-transporte e nos salários não têm importância nenhuma para os parlamentares?
Pois é o que parece, senão uma afronta dessa natureza não se instalava dentro do Congresso Nacional.
Vamos conclamar a todos os parlamentares, de todos os partidos, para que pressionem o presidente da Casa bem como aos líderes partidários para que, com a máxima brevidade, encaminhem a matéria para votação.
Conclamamos, por fim, a atenção das Mesas Diretoras da Câmara e do Senado, para que encontrem uma saída emergencial para por fim ao sofrimento desses trabalhadores e trabalhadoras, e, para, por outro lado, punir com o rigor da lei, os responsáveis por esse desrespeito.

Um comentário:

Anônimo disse...

ola Chico,

muito legal o comentário sobre a coerência lulista.Vamos em frente!!!